Com tudo a gente se acostuma. O sapato apertado, o óculos de grau, o barulho do liquidificador do vizinho, a cor errada da parede da sala. Tudo é uma questão de tempo, ou nem tanto tempo assim. E a gente se acostuma com a falta. A falta de quem mantinha contato diariamente, de quem conversava sobre todos os assuntos e sorria horrores com você. Tudo bem que ninguém é substituível, mas ninguém fica com o buraco da ausência pra sempre. Por mais que ainda exista amor, sempre tem gente pra ocupar o lugar.
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